Esta semana tive muitos questionamentos sobre a
glutamina, para que serve, em que momento usar e quais os benefícios. Por isso
me dediquei em encontrar algumas informações bastante importantes e úteis sobre
esse nutriente.
Aproveito também para lembrar que em nossa alimentação,
também é possível encontrar este nutriente. É naturalmente produzida em nossos
músculos e pode ser também ingerida em alimentos proteicos como carnes, peixes,
ovos e derivados do leite.
- Mas
o que é glutamina? A glutamina é o aminoácido livre mais abundante no tecido
muscular. Além de atuar como nutriente energético para as células imunológicas,
a glutamina apresenta uma importante função anabólica promovendo o crescimento
muscular. Este efeito pode estar associado à sua capacidade de captar água para
o meio intracelular, o que estimula a síntese protéica. É um aminoácido não
essencial, sintetizado a partir do ácido glutâmico e de dois aminoácidos
essenciais - valina e isoleucina.
São muitas as funções, mas podem ser resumidamente
descritas assim: manutenção do sistema imunológico; equilíbrio ácido/básico
durante estado de acidose (desintoxicação corporal do nitrogênio e da amônia);
possível reguladora da síntese e da degradação de proteínas (controle entre o
catabolismo e anabolismo); controle do volume celular; combate à síndrome do overtraining; precursor de nitrogênio
para a síntese de nucleotídeos, ufa!
Como o corpo depende de Glutamina como combustível
celular para o sistema imunológico, estudos científicos demonstraram que a
suplementação com Glutamina pode minimizar a quebra do tecido muscular e
melhorar o metabolismo da proteína.
Recomenda-se,
de forma geral, a suplementação por quilogramas de peso dia para atletas,
podendo ser até mais dependendo do nível de atividade física do indivíduo, para
isso procure sempre orientação de um nutricionista para evitar riscos à saúde.
Deve ser consumida regularmente ao longo do
dia, porém os momentos mais importantes são depois da atividade física e antes
de dormir. Existem alguns estudos indicando um efeito positivo na suplementação
com Glutamina quando consumida isoladamente, sem outros aminoácidos em conjunto,
pois existem indícios de competição pela absorção entre as moléculas.
Minha
sugestão é aproveitar o momento durante e pós-treino, já que o glicogênio deve
ser recuperado com ingestão concomitante ou imediata de carboidrato (sucos, frutas,
mel ou bebidas esportivas), para incluir a Glutamina nesta janela de
oportunidade, onde os níveis de insulina serão elevados, acelerando sua entrada
nas células musculares, contribuindo para uma recuperação mais rápida.
FONTES:
MCARDLE, D.W., KATCH, I.F.,
KATCH, L.V. Fisiologia do Exercício. Energia, Desempenho e Nutrição Humana, 4ª
ed., Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 1998.
BOWTELL, J. L. et al. Effect of oral glutamine on whole body
carbohydrate storage and muscle glycogen resynthesis during recovery from
exhaustive exercise. J Appl Physiol.1999; 86(6): 1770-1777.
CURI R. Considerações preliminares. In CURI,
R. Glutamina: metabolismo e aplicações clínicas e no esporte. Sprint, RJ, 2000.