MEU CONSULTÓRIO

CONSULTÓRIO: RUA 24 DE OUTUBRO, 1557/303. PORTO ALEGRE - RS. BAIRRO AUXILIADORA, QUASE EM FRENTE A TOK STOK.
AGENDE HORÁRIO ATRAVÉS DO EMAIL:
ADRIANE.LR@GMAIL.COM

PARCEIROS
NUTRIVITA

terça-feira, 29 de maio de 2012

A CREATINA E SUA FUNÇÃO


A creatina é, originalmente, sintetizada no fígado e no pâncreas, por meio dos aminoácidos arginina, glicina e metionina. É encontrada em baixas proporções na carne vermelha (cerca de 5g de creatina para cada quilo de carne) e no peixe.
A creatina é uma substância natural que nosso corpo produz para ter energia, sendo que a maioria das pessoas (com atividade física leve) normalmente produz cerca de 2 g de creatina todos os dias, o que é suficiente para ter-se um bom equilíbrio. A creatina ajuda a introduzir a água nas células musculares, dando-lhes volume. Os músculos têm seu volume aumentado e este processo ajuda na síntese de proteína. A creatina é encontrada principalmente na musculatura esquelética, músculo cardíaco, o cérebro, a retina e ainda os espermatozóides.
Porém para trabalhar bem os músculos, um atleta precisa dar a eles o tipo certo de 'combustível muscular'. O mecanismo muscular de utilização da creatina é resumidamente:
- as células musculares, como todas as demais células, atuam em um composto de alta energia chamado trifosfato de adenosina, que é o ATP.
- o ATP faz com que os músculos se contraiam, transporta os impulsos nervosos e cria outros processos de energia celular.
- as células musculares formam ATP combinando o oxigênio com nutrientes do alimento, principalmente os carboidratos. (a gordura é utilizada somente quando o oxigênio estiver presente).
As células do corpo geram ATP por meio de três sistemas de energia, vou apresentar o sistema creatina fosfato pois se relaciona com a função da creatina, que está sendo discutida aqui.
Na célula muscular a creatina pode ser encontrada sob a forma livre e, em sua maior parte, sob a apresentação de creatina fosfato ou fosfocreatina (forma fosforilada, combinada a um grupamento fosfato), uma potente reserva energética consumida principalmente em exercícios de alta intensidade, curta duração e reduzidos intervalos entre as séries de recuperação. Dessa forma, é possível manter e sustentar a intensidade do exercício por um período maior de tempo.
A creatina também apresenta um efeito tampão, em outras palavras, ajuda a neutralizar o meio ácido intracelular ocasionado pelo acúmulo de lactato, o que também proporciona um maior tempo de resistência à fadiga.
Além de melhorar o desempenho esportivo (efeito ergogênico), a creatina também apresenta efeitos terapêuticos. Estudos apontam que a suplementação pode beneficiar indivíduos acometidos por distrofias musculares, doenças neuromusculares, crônico-degenerativas e até mesmo, intolerância à glicose. Há hipóteses que pode auxiliar no tratamento e prevenção de diabetes mellitus e doenças cardiovasculares. Além disso, a creatina possui ação antioxidante, ou seja, combate os radicais livres, aquelas moléculas altamente reativas responsáveis por ocasionar danos às nossas células.
Só por questões de curiosidade, estudos demonstram que vegetarianos, por apresentarem estoques reduzidos de creatina, obtêm melhores resultados com a suplementação quando comparados a indivíduos não-vegetarianos. 

A creatina sobrecarrega a função renal?

Estudos reportam que, para pessoas saudáveis, a creatina é um suplemento seguro e em doses adequadas não causa dano renal, hepático e/ou gastrointestinal. Um estudo publicado no European Journal of Applied Physiology realizado com portadores de diabetes mellitus tipo 2, demonstrou que a suplementação com creatina por 12 semanas não alterou a função renal neste grupo. Outro estudo, publicado na mesma revista, demonstrou que a suplementação por 3 meses com creatina também não alterou a capacidade renal do grupo estudado.
    Recente pesquisa, publicada no American Journal of Kidney Diseases, constatou que a suplementação de creatina por 35 dias em um jovem de 20 anos que apresentava apenas um rim, cuja função já estava levemente diminuída, não alterou a sua capacidade renal, sugerindo que a suplementação em curto prazo não altera a função renal, mesmo em um indivíduo com um único rim. 
A decisão de utilizar a suplementação de creatina deve ser orientada e acompanhada por um  nutricionista/médico para adequar a quantidade para cada modalidade, realizar avaliações médicas periódicas, bem como verificar se houve aumento da performance.
Portanto, a maneira mais segura de utilizar creatina é através da orientação de um profissional capacitado!

BEMBEN, M, G.; LAMONT, H.S. Creatine supplementation and exercise performance: recent findings.Sports Med, v. 35, n. 2, p. 107-125, 2005.

BIZZARINI, E.; DE ANGELIS, L. Is the use of oral creatine supplementation safe? Journal of Sports Medicine and Physical Fitness, v. 44, n. 4, p. 411-416, dez. 2004.
PEARLMAN, J.P.; FIELDING, R.A. Creatine monohydrate as a therapeutic aid in muscular dystrophy.Nutrition Reviews, v. 64, n. 2 Pt 1, p. 80-88, fev. 2006.
PERALTA, J.; AMANCIO, O. M. S. Creatina como suplemento ergogênico para atletas. Revista de Nutrição, v. 15, n.1, Jan, 2002.

3 comentários:

  1. Eu só tomo creatina de cavalo,muito mais barato,e ainda por cima vem com vitamina b12 e dextrose.

    ResponderExcluir
  2. Eu só tomo creatina de cavalo,muito mais barato,e ainda por cima vem com vitamina b12 e dextrose.

    ResponderExcluir

JUSTIFICATIVA DO BLOG

O objetivo deste blog é divulgar, atualizar e informar sobre atividade física aliada à uma alimentação saudável, e ainda abordar assuntos sobre suplementação e sua necessidade.